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Clubes sociais de etnia negra se reúnem em Pelotas

O Seminário Clube Social: etnia negra, raízes e visibilidade começa nesta quarta-feira com a presença do Presidente da Fundação Palmares e representante do Ministério da Cultura, Zulu Araújo. A atividade é uma promoção do Clube Cultural Fica Ahí e Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Projetos Especiais, e deverá reunir 250 pessoas na sede do clube para discutir diversos temas ligados à etnia negra.

A abertura oficial será nesta quarta-feira, às 20h. A primeira palestra será realizada por Zulu Araújo, com a presença da secretária Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, Renata Mello. Na quinta-feira, os trabalhos recomeçam as 8h30 com a palestra sobre as Charqueadas e o trabalho negro, ministrada por Gicelda Marques Lima. No mesmo dia, ainda serão tratados temas como a função social da comunicação num Brasil miscigenado, com o gerente de comunicação da Fundação Palmares, Oscar Henrique Cardoso. Durante à tarde os temas das palestras serão o papel do negro na história brasileira, o negro na educação e os caminhos para profissionalização do negro.

No último dia do encontro, 31 de agosto, serão debatidas as ações e a evolução dos clubes sociais de etnia negra e a contribuição do negro para a sociedade, com a presença de profissionais negros de diversas áreas. O encerramento do evento será realizadopelo grupo de dança do Colégio Municipal Pelotense.


Data: 28/08
Hora: 16:22
Redator: Vilmarise Franceschi Mtb:8956


SPE E CLUBE FICA AHI LANÇAM SEMINÁRIO

Nesta quinta-feira, o Clube Cultural Fica Ahi lança o Seminário "Clubes Sociais de Etnia Negra: raízes e visibilidade", que será realizado de 27 a 30 de agosto em Pelotas.

O evento terá a parceria da Secretaria de Projetos Especiais e contará com a presença do presidente da Fundação Palmares, Zulu Araújo, e da cantora Leci Brandão.

Na ocasião será servido um coquetel para convidados e apresentada a proposta do seminário.

O coquetel de lançamento do seminário será realizado na sede do clube, a partir das 20h.

Redator: Vilmarise Franceschi Mtb:8956


Fonte: www.pelotas.rs.gov.br




PELOTAS REALIZA IV MOSTRA DE TEATRO E DANÇA DE ORIGEM AFRICANA

De 2 a 4 de novembro, acontece em Pelotas a Mostra no Theatro Sete de Abril e no Clube Cultural Fica Ahi.

por Fabiana Santos, presidente da comissão organizadora da Mostra

A Mostra de Origem Africana surgiu na pretensão de catalogar e incentivar grupos e companhias de dança e teatro locais, que trabalhassem com a temática negra, e ainda, proporcionar um espaço cultural de divulgação dos trabalhos desenvolvidos por parte da classe artística da cidade.

Na sua primeira edição, a mostra que teve como parceiro o Clube Cultural Fica Aí, local onde foi realizada, contou com a participação de 6 grupos locais (5 de dança e 1 de teatro).

No ano de 2005, em parceria firmada entre a Cia. de Dança Afro Daniel Amaro, Clube Cultural Fica Aí, Secretaria Municipal de Cultura, Universidade Católica de Pelotas, Posto da Figueira e Doçaria Pelotense, aconteceu a II edição da mostra, com um objetivo a mais que os iniciais, o de promover o intercâmbio entre grupos e cias. do país, como forma de demonstrar a possibilidade de profissionalização a partir da promoção da cultura afro-brasileira.

Nesse ano o número de companhias participantes cresceu de 6 para 10, contando com a apresentação de grupos oriundos de São Lourenço do Sul, Porto Alegre, Santa Vitória do Palmar e Rio de Janeiro, além das cias. de Pelotas.

Para a realização da mostra de 2006, a coordenação do evento se articulou desde o início do ano, e desta forma, além de buscar novos incentivos, reafirmou compromisso com os parceiros do ano anterior, considerando o crescimento do evento a cada ano, uma vez que passou a contar com a participação de grupos e Cias. de fora da cidade e do estado, o que ocasionou o enriquecimento do cenário artístico cultural pelotense, uma vez que possibilitou às cias. locais um aprendizado imensurável com relação ao profissionalismo da dança e teatro de origem africana.

Para 2007 o evento pretende destacar, além da dança, os conhecimento e técnicas na área do Teatro, viabilizando uma oficina voltada para os participantes da Mostra e comunidade no geral.

Importante salientar que, a iniciativa de convidar grupos de fora do estado e o crescimento da mostra só foi possível em função da Cia. de Dança Afro Daniel Amaro ter sido convidada para então participar do I e II Fórum de Performance Negra - Salvador - Junho/2005 e Agosto/2006, evento que permitiu o intercâmbio entre dezenas de cias. brasileiras que trabalham com a mesma temática.


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Oficina/Debate:
03 e 04 de novembro de 2007

Cia. Aérea de Dança/RJ
“Fértil” – Oficina de samba-dança para mulheres

A dança através do mexe-mexe, do bole-bole e do balacobaco do samba.

Sem estereótipos, esta oficina traça um caminho corporal de origem africana, que influenciado pela estética européia, gerou uma dança que tem em sua essência a força e o poder da terra fértil.

Duração: 02 aulas/90 minutos
Dirigida ao público feminino.

“Ginga” – Oficina de samba-dança para homens

Embalando com o legado corporal dos bambas. Esta oficina desvenda o que há por trás do encantamento dos gestos dos malandros, personagem da vida urbana carioca que, com sua figura ambígua estilizou gestos e hábitos da alta sociedade. Sua habilidade corporal extremamente ligada a sua condição viril está baseada em técnicas e fundamentos abordados nesta oficina.

Duração: 02 aulas/90minutos
Dirigida ao público masculino.

Todos os cursos são ministrados por João Carlos Ramos e assistidos por Michelle Reis e/ou Flávia Valente

João Carlos Ramos
Carioca, começou a dançar nos concursos das Discos dos clubes do subúrbio do Rio de Janeiro, e como organizador de grupos amadores de dança de sua região. Aos 19 anos ingressou no Grupo Coringa da coreógrafa Graciela Figueroa. Com atuação no Brasil, Europa e Estados Unidos diversificou seu trabalho em diversas áreas realizando coreografias para teatro e musicais como “Fica Comigo Esta noite” e "ARN" da Intrépida Trupe, shows e vídeos-clipe de Jorge Benjor, Lulu Santos, Zeca Pagodinho e Paulo Moura. Seu trabalho como coreógrafo mais recente foi “Brasil Brasileiro” de Cláudio Segovia, apresentado em Paris, Lyon, Barcelona e Londres.

Michelle Reis
Filha de uma das mais tradicionais famílias representantes do samba das gafieiras cariocas, “Os Irmãos Reis”. Sua formação se baseia na convivência profissional com sua família, aos 03 anos de aulas de ballet na Academia Jonhy Franklin e há dez anos como integrante da Cia Aérea de Dança.

Flávia Valente
Bailarina, formada em dança pela Universidade (UFRJ), também dá aulas e tem um trabalho de pesquisa no tango há mais de onze anos. Participou por três anos da Cia de Dança da Cidade, que tem um enfoque na re-montagem de repertórios dos principais coreógrafos contemporâneos, como Lia Rodrigues, João Saldanha, Graciela Figueroa, entre outros.

Espetáculo apresentado pela Cia. Aérea de Dança

Espetáculo “Gaffi”

A Cia Aérea de Dança foi buscar no ambiente multifacetado das gafieiras, a matéria-prima para desenvolver “Gaffi”. O homem e a mulher, o negro e o branco, o ritmo e a poesia, o amor e a dor. No universo dual das gafieiras, não importa o lugar, estes “opostos/complementares” sempre se encontram. Músicas como “Matriz ou filial” de Lupcínio Rodrigues e “Ternura” de K-Ximbinho fazem parte de uma trilha sonora que vai desde bate papos pela internet até conversas ao vivo com o público servindo de fundo para a execução de uma coreografia.

O espetáculo é interpretado pelos três bailarinos da Cia – Flávia Valente, João Carlos Ramos e Michelle Reis que com um vocabulário de movimentos originais, passeiam por diversas situações existentes na relação triangular que permeiam os três personagens num salão de gafieira. Também adquire um formato de baile adequando o roteiro à participação de artistas do segmento da dança de salão de cada região onde é realizado, formando um elenco numeroso de dançarinos profissionais, amadores, alunos de academias e projetos sociais, inserido-os num contexto de criação coletiva onde cada um ocupa um lugar adequado à sua função e nível de experiência.

Ficha técnica
Direção e coreografia: João Carlos Ramos
Bailarinos: Flávia Valente, João Carlos Ramos e Michelle Reis
Músicas: Paulo Moura, WB e Peregrino, Lupcínio Rodrigues, Carlos César
Lenzi e Edgardo Donatto, Caetano Veloso, Bebeto, K-Ximbinho e Dolores Duran.
Iluminação: Dom
Figurino: Cia Aérea de Dança

Cia Aérea de Dança
Nascida no Circo Voador, Lapa, Rio de Janeiro, no ano de 1985, não poderia ter tido tempo e espaço mais propícios à fecundação de um trabalho que iria se pautar na diversidade de linguagens e estilos. Criada pelo coreógrafo João Carlos Ramos, baseia-se nos conceitos da dança contemporânea, desenvolvendo um trabalho sempre voltado para a criação de uma arte que tem suas raízes na história e nos modos do povo brasileiro.


SEMANA DA CONSCIÊNCIA NEGRA VALORIZA ETNIAS EM PELOTAS

por Vilmarise Franceschi

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Daniel Amaro

Valorizar a cultura e a história do povo negro é o principal objetivo das atividades comemorativas à Semana da Consciência Negra, que acontece em Pelotas de 14 a 20 de novembro. Os eventos diversos e a programação descentralizada devem facilitar o acesso da comunidade e aumentar a participação para as discussões em torno do tema. A abertura oficial do evento está marcada para dia 16, às 9h no salão nobre da prefeitura municipal.

Pelotas é considerada a cidade com maior número de negros no RS. A base para esta afirmação vem do tempo dos escravos. Dados históricos apontam que em 1833, a população de escravos era de 5.169 pessoas para 3.555 homens livres e 1.136 libertos. Os dados atuais reforçam esta tese. Segundo o coordenador do afro-descendente da secretaria de Projetos Especiais, Daniel Amaro, este ano a organização do evento teve ampla participação de entidades e pessoas que trabalham ou se identificam com a causa. “A organização da semana foi extremamente democrática. Com apoio da comunidade montamos uma programação variada e que vai valorizar a etnia negra em diversos campos”, destacou.

A arte feita na periferia será levada ao palco do teatro, hoje mais popular, mas em outras épocas construído para abrigar peças e óperas da alta sociedade. Artistas da terceira idade vão cantar rap, a música de protesto dos jovens e a produção intelectual e artística e os estudos sobre o tema serão levados às mais diversas instituições como escolas, clubes de bairro e associações. Personalidades da etnia negra serão destacados e homenageados e a história do povo negro preencherá cada canto da cidade.

A primeira atividade da semana será a escolha da “Mais Bela Negra e Negro de Pelotas”. O evento organizado pela New Life Produções vai reunir as beldades no Clube Cultural Fica Ahí, à partir das 21h. Dia 16, quinta-feira a abertura oficial no salão nobre da prefeitura, vai reunir autoridades e a comunidade para apreciar a apresentação do Coral do Cetres e as palestras dos professores Marielda Barcellos e Fábio Gonçalves. O encerramento da cerimônia será com a apresentação do Grupo Nossas Raízes, do Cerenepe. Durante a semana escolas estaduais e municipais vão receber oficinas de dança afro, hip-hop, grafite, história em quadrinhos e percussão. Ainda no dia 16 jornalistas integrantes do Núcleo de Comunicadores Afro-brasileiros do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do RS fazem um bate-papo sobre o negro na mídia. A conversa está agendada para às 20h, no Clube Cultural Fica Ahí.

www.pelotas.rs.gov.br

GÍRIA ANTIGA

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Oliveira Silveira, o poeta da Consciência Negra

Li o blog do Fica Ahí Pra Ir Dizendo. Não sei se eles mantém este nome lindo, de gíria antiga, doutra época. Legal isso. Quando eu era guri lá em Rosário, no campo, surgiram umas gírias que depois desapareceram: Só marreco, só martelo - indicando coisa positiva, da melhor qualidade. Era como dizer legal, numa boa. Bueno.
Sábado, 28 de outubro de 2006 13:56:30